A última sexta-feira (18) chegou ao final com os preços internacionais do milho futuro registrando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações acumularam altas de até 3,8% ao longo da semana.
De acordo com a análise da Agrivest, o milho ganhou suporte das valorizações do trigo e de preocupações climáticas para os próximos dias nos Estados Unidos.
“Na próxima semana, uma onda de calor e seca deve atingir ao EUA, podendo causar estresse hídrico sobre as lavouras”, destacam os analistas.
O vencimento setembro/25 foi cotado à US$ 4,08 com alta de 6,5 pontos, o dezembro/25 valeu US$ 4,27 com valorização de 6,75 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,44 com elevação de 6,5 pontos e o maio/26 teve valor de US$ 4,55 com ganho de 6,5 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (17), de 1,62% para o setembro/25, de 1,6% para o dezembro/25, de 1,48% para o março/26 e de 1,45% para o maio/26.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 2,42% para o julho/25, de 3,16% para o setembro/25, de 3,82% para o dezembro/25, de 3,67% para o março/26 e de 3,47% para o maio/26, com relação ao fechamento da sexta-feira (11).

Mercado brasileiro
Os preços futuros do milho também tiveram uma sexta-feira positiva na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações acumularam altas de até 2,43% ao longo desta semana.
A análise da Agrivest aponta que, apesar de o mercado esperar uma segunda safra recorde, a colheita está com atraso acentuado, limitando a oferta de milho em algumas regiões.
“Por esse motivo, os preços do milho no spot continuam fortalecidos, apesar do farmer selling e programa de exportação apresentarem ritmo lento”, relata a consultoria.
O consultor de mercado Venda na Hora Certa, Victor Cazzo, também destacou esse atraso na colheita como fator de suporte para os preços pela segunda semana seguida na B3.
“Esse atraso de colheita é um dos principais fatores que tem dado sustentação. Isso também muito reflexo daquelas geadas que deram lá atrás, que deram suporte naquele momento e os preços continuam firmes porque a colheita não está pegando uma tração em relação ao que a gente tinha no ano anterior”, explica.
“Quando o câmbio sobe, isso puxa também as cotações da B3”, acrescenta Cazzo.
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 65,45 com valorização de 1,32%, o novembro/25 valeu R$ 68,20 com alta de 0,29%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 72,01 com ganho de 0,29% e o março/26 teve valor de R$ 74,35 com elevação de 0,23%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram valorizações de 2,43% para o setembro/25, de 1,55% para o novembro/25, de 0,91% para o janeiro/26 e de 0,75% para o março/26.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também fechou o último dia da semana com ganhos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações nas praças de Castro/PR, Sorriso/MT, São Gabriel do Oeste/MS, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.