Os produtores de suínos estão enfrentando um cenário de alta de preços tanto no mercado do suíno vivo quanto no milho, que é essencial para a alimentação dos animais. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/ESALQ), o suíno vivo tem mostrado valorização significativa ao longo de novembro. No dia 13, em Minas Gerais, o preço alcançou R$10,26 por quilo, uma alta de 10,32% no mês. Nos demais estados, como São Paulo, Santa Catarina e Paraná, o valor por quilo variou entre R$9,36 e R$9,94, refletindo aumentos mensais entre 5,17% e 6,62%, dependendo da região.
Em paralelo, o milho, base da alimentação dos suínos e outros animais de produção, também registrou aumento no mês. O indicador ESALQ/BM&FBOVESPA apontou que a saca de 60 kg foi comercializada a R$74,45 em 13 de novembro, um acréscimo de 2,07% em relação ao início do mês. Embora o aumento do milho tenha sido mais modesto que o do suíno vivo, ele representa uma pressão importante nos custos de produção, que já haviam sido afetados por oscilações no mercado de grãos ao longo do ano.
A alta nos preços de venda do suíno pode trazer algum alívio na receita para os suinocultores, mas o custo elevado do milho limita a expansão da margem de lucro. Esse cenário indica que os produtores precisam monitorar com atenção a evolução dos preços dos insumos e dos animais, em um contexto em que as flutuações do mercado tornam mais desafiadora a previsão de receitas e despesas no curto prazo.