Embora preliminares, os resultados de março corrente sugerem que, no mês, apenas o frango vivo obteve valorização em relação ao mês anterior. Mas é só aparência, porquanto os dados colhidos no mercado indicam que o valor apontado correspondeu ao máximo alcançado no interior paulista, grande parte da oferta sendo absorvida por valores inferiores.
Em outras palavras, março apresentou resultados negativos não só para o boi gordo e o suíno, mas também para o frango vivo. O que, ressalte-se, não tem nada de anormal se considerado o período, religioso, de Quaresma.
Aparente, também, é a valorização de 24% obtida pelo suíno vivo em relação a março do ano passado, enquanto frango e boi enfrentam reduções superiores a 15%. Mas o “ganho” do suíno decorre, apenas, dos baixos preços enfrentados há um ano. Tanto que, em comparação a dois anos atrás, a valorização do suíno não passa dos 10%.
Neste caso, o ganho de 10% se transforma em perda, pois a inflação acumulada nos últimos dois anos supera os 15%. Mas perda maior enfrenta o frango, cujo preço em 24 meses evoluiu apenas 7% e, muito mais, o boi pé, apreçado atualmente por valor quase 10% inferior ao de março de 2021.
Mesma situação se aplica às médias alcançadas no primeiro trimestre de 2023. Frango e boi fecham o período com preços negativos, enquanto o suíno registra evolução positiva. Mas é só na aparência.