Como de praxe – em decorrência da demanda do mês ser significativamente menor que a do mês anterior, o das Festas – frango e suíno vivos estão fechando janeiro de 2025 com preços inferiores aos de dezembro passado. Mas enquanto a cotação média do frango permanece muito próxima da estabilidade (os dados preliminares sugerem retração que não deve chegar a 1%), a do suíno apresenta recuo superior a 13% – uma diferença a menos que sobe acima de 20% se levado em conta o melhor preço de 2024: R$9,93/kg em novembro passado.
Como rara exceção, o boi não participa desse contexto. Embora com diferença pouco representativa, está fechando janeiro com preço em torno de 1,5% superior ao de dezembro, desempenho que confirma o fim de mais um ciclo de produção e que, tudo indica, deve ter reflexos 2025 adentro.
Essa constatação se reforça ao comparar-se o desempenho atual com o de um ano atrás: ganho de 30% em relação a janeiro de 2024, o que não significa que represente um valor recorde: o atual preço médio do boi em pé ainda se encontra 4% abaixo do alcançado em novembro de 2024 (R$338,77/arroba), além de permanecer quase 6% aquém dos R$344,71/arroba de março de 2022, recorde histórico do setor.
Igualmente significativa é a evolução anual de preços do suíno: aumento de mais de 19% em relação a janeiro de 2024. Porém, a média atual corresponde ao menor nível dos últimos seis meses.
Já o frango vivo registra evolução de preço em torno de 6% em relação ao primeiro mês de 2024, o que parece ser um grande feito frente à inflação que, pelo IPCA-15, acumula evolução anual de 4,5%. Não escapa, porém, que o valor atual ainda permanece mais de 10% aquém das cotações que prevaleceram por cinco meses consecutivos entre abril e agosto de 2022, todas superiores a R$6,00/kg
O interessante é que os ganhos do boi em pé se desvanecem ao se comparar a média dos últimos 12 meses com a de idêntico período anterior, pois o incremento registrado é de apenas 4,26%. Inferior, é verdade, mas não muito distante do ganho do frango vivo, com 6,76%. Sob tal contexto, o maior avanço é o do suíno, cujos preços entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025 alcançam média 17,5% superior à de idêntico período anterior.