Exceto para o suíno – cujos preços apenas repetiram o valor de dezembro de 2021, um dos mais baixos do ano passado – junho foi mês de retrocessos generalizados, o que significa dizer que frango, boi, milho e farelo de soja obtiveram no mês preços inferiores aos de maio passado.
Porém, o ganho do suíno ficou restrito a um mês. Porque comparativamente a junho de 2021 ou, mesmo, na média do primeiro semestre de 2022, é quem registra as maiores perdas. Aliás, em termos anuais (junho de 2022 x junho de 2021) apenas frango e farelo de soja registram evolução positiva, mas como os ganhos ficaram aquém da inflação do período, o desempenho real também é negativo.
Na média dos seis primeiros meses do corrente exercício, embora também boi, milho e farelo de soja registrem resultado positivo como o frango, apenas este último deve apresentar ganho real. Mas, num prazo mais longo e comparativamente às suas duas principais matérias-primas, milho e farelo de soja, tanto o frango como o boi e o suíno continuam com menor evolução de preço.
Isso fica claro quando as médias do primeiro semestre de 2022 são comparadas com as médias de idêntico período de 2019, ano que antecedeu a atual pandemia. Nesse espaço de tempo, os preços do milho e do farelo de soja evoluíram 135% e 128%, respectivamente. Já na produção animal apenas os preços do boi ultrapassaram os três dígitos (quase 114% de evolução). O frango aumentou 76% e o suíno não mais que 41%.