Depois de apresentarem alguma desaceleração (e certa apreensão) na terceira semana do mês, as exportações brasileiras de carnes in natura se recompuseram, fechando agosto de 2022 com resultados não só positivos, mas também significativos, tanto no volume embarcado quanto na receita cambial auferida.
Em valores relativos, quem apresentou o melhor desempenho foi a carne suína, cujo volume embarcado aumentou mais de 30% em relação a agosto de 2021. Mais do que isso, voltou a superar a marca das 100 mil toneladas, volume alcançado apenas uma vez anteriormente e registrado 12 meses atrás, em setembro do ano passado.
De negativo em relação à carne suína apenas o fato de seu preço médio continuar inferior ao de um ano atrás. Mas como agora a diferença foi mínima, inferior a 1%, a receita cambial do produto aumentou quase 30% em relação a agosto de 2021.
O segundo melhor desempenho no mês foi o da carne de frango: seu volume registrou aumentou anual de 13,61%, ficando próximo das 400 mil toneladas. E como o preço médio alcançado, mesmo retrocedendo em comparação ao mês anterior, registrou aumento anual de 18,57%, a receita cambial do produto apresentou incremento próximo de 35%.
Embora com evolução mais moderada – aumento de 11,90% no volume embarcado e de, aproximadamente, 8% no preço médio – a carne bovina é a que permanece como a principal contribuinte do setor exportador de carnes. Sua receita cambial, no mês, aumentou pouco mais de 20%. Mas superou as receitas, somadas, das carnes de frango e suína, respondendo por mais de 53% da receita cambial total do mês.
Considerados os 36% de participação da carne de frango e os 11% da carne suína, a receita cambial das carnes in natura em agosto foi mais de um quarto maior que a de um ano atrás e superou os US$2,3 bilhões, valor que, aparentemente, corresponde a um novo recorde nas exportações brasileiras de carnes.