Embora apresentando desempenho bem mais moderado que nos meses recentes, em julho passado as exportações das carnes de frango e bovina apresentaram, pela média diária, resultado positivo em relação ao mesmo mês de 2021, aumentando 1,04% o volume de carne de frango e 5,89% o de carne bovina. Ou seja: a carne suína permaneceu como exceção, mas agora apresentando retração anual de volume bem menor, de 0,69%.
Pena, somente, que este último julho tenha tido um dia útil a menos que o do ano passado. Pois isso fez diferença nos resultados globais do mês. Porque apenas a carne bovina apresentou variação de volume positiva – ainda assim, com variação mínima, de somente 1,07% – enquanto carne de frango e suína sofreram retrocesso – de, respectivamente, 3,55% e 5,20%.
O aumento de 29,23% no preço médio neutralizou as perdas da carne de frango, o que não ocorreu com a carne suína, cujo preço médio ficou quase 5% aquém do registrado há um ano. Mas o ganho maior, realmente, foi o da carne bovina. Pois embora seu preço tenha aumentado proporcionalmente menos que o da carne de frango, propiciou adicional anual superior a US$1.100,00 por tonelada.
Em decorrência, a receita cambial da carne bovina aumentou 21,62% e ficou próxima de US$1,1 bilhão, 51% da receita global das três carnes. Já a receita da carne de frango, embora quase 25% superior à de um ano atrás, retrocedeu em relação ao mês anterior, retornando ao mesmo patamar de maio passado (US$838 milhões). A carne suína, por fim, continuou com receita anual negativa, seu resultado de pouco mais de US$209 milhões representando redução de quase 10% sobre julho de 2021.