Após um lapso de quase dois anos, a receita cambial das carnes bovina, suína e de frango voltou a ultrapassar a marca mensal dos US$2 milhões. O último registro do gênero data de outubro de 2022, ocasião em que a receita do mês ficou em US$2,075 bilhões. Em julho último superou esse valor, aproximando-se dos US$2,160 bilhões.
A maior contribuição continuou vindo da carne bovina, cuja receita no mês aumentou 37% em relação a julho de 2023. Mas não só dela, pois a da carne suína registrou incremento de 23%. E também da carne de frango – da qual se esperava algum retrocesso, mas que obteve aumento de 5% na receita cambial.
Infelizmente, não foi o preço médio que contribuiu para esse desempenho, pois ele continuou inferior ao de um ano atrás. De toda forma, as diferenças em relação a julho de 2023 foram bem menores que as registradas em meses anteriores. Especialmente em relação às carnes de frango e suína, que sinalizam reversão de preços no curto prazo.
Em suma, foi o volume embarcado quem contribuiu para o recorde de receita observado. O de carne bovina registrou aumento não muito distante dos 50% e o de carne suína de mais de 25%. E, mesmo sendo mais moderado (variação anual de 8%), o incremento no volume de carne de frango correspondeu ao segundo maior volume alcançado pelo produto nos últimos 16 meses.
Como corolário desses desempenhos, o volume acumulado das três carnes em sete meses, de aproximadamente 4,885 milhões de toneladas, registra aumento de 8%. E a despeito de ainda persistir redução de 3% na média de preço das três carnes, a receita cambial ultrapassa os US$12,750 bilhões, aumentando perto de 5% neste ano.