Os dados de exportação ontem (6) divulgados pela SECEX/MDIC revelam que as três carnes registraram em outubro o mesmo bom desempenho de meses anteriores.
Comparativamente a outubro de 2023, o menor índice de evolução no volume embarcado foi o da carne de frango que, mesmo assim, obteve bom resultado: aumento anual de 16%. Porém, as carnes suína e bovina continuaram registrando avanços bem mais significativos, com aumentos mensais de, respectivamente, 41% e 45%. Como resultado, o volume total acumulado no ano se encontra agora mais de 10% acima do alcançado nos mesmos 10 meses do ano passado, com o maior avanço recaindo sobre a carne bovina: +31,5%. O volume de carne suína aumentou perto de 9% e o de carne de frango pouco mais de 2%.
Em outubro, as três carnes alcançaram preços maiores que os de um ano atrás. E, neste caso, a menor valorização continua com a carne bovina, que obteve aumento de apenas 1,39% no preço médio. O da carne de frango aumentou perto de 8%, enquanto o aumento da carne suína superou os 10%. Mesmo assim, na média dos 10 primeiros de 2024, os preços das três carnes permanecem negativos em relação a idêntico período anterior.
Na comparação com outubro de 2023, a receita cambial das três carnes apresentou aumentos significativas no mês passado: de 56% a carne suína, de 47% a bovina; e de 25% a de frango. Mas em decorrência do preço ainda negativo no ano, a receita acumulada em 2024 sofre significativa diluição, pois a carne de frango continua com um preço médio negativo no ano (-1,12%), enquanto a carne suína obtém aumento de receita não muito superior a 5%. Ou seja: a carne bovina continua sendo a principal geradora da receita cambial das carnes, com aumento de quase 25% em relação a janeiro-outubro de 2023.