Dentro do previsto, as exportações de carnes da segunda semana de abril sofreram forte diluição em relação à semana anterior. Não que tenham se retraído (pela média diária, excetuada a carne bovina, continuam com desempenho melhor que o de março), apenas voltam a apresentar resultados mais condizentes com a realidade.
A exceção, pois, continua com a carne bovina que, se esperava, voltaria a ganhar novo impulso com o fim dos embargos externos. Mas, pelos dados da SECEX/ME, isso ainda não ocorreu, pois o volume diário embarcado recuou mais de 40%, enquanto o preço médio permanece mais de 25% aquém do registrado há um ano. O resultado, até aqui, é uma receita que, pela média diária, se encontra quase 57% abaixo da alcançada em abril de 2022.
Os embarques das carnes de frango e suína mantêm o bom ritmo anterior, alcançando volume diário 25%-27% superior ao de um ano atrás. Mas enquanto a carne suína segue em valorização (aumento de 12,34% no preço médio), a de frango enfrenta retração (redução de 3%). Em decorrência, frente a um aumento de 21% na receita média diária da carne de frango, a da carne suína alcança o dobro disso – 42%.
Transcorrida, em termos de dias úteis, a metade do mês, os volumes das carnes suína e de frango já embarcados correspondem a cerca de 60% do total registrado um ano atrás. Já os embarques de carne bovina são pouco mais de um quarto superiores aos de abril de 2022.
Quanto à receita, a da carne bovina alcança não mais que 20% do total do mesmo mês do ano passado, índice bastante inferior ao da carne de frango (com 57,5% do total) e, sobretudo, da carne suína, cuja receita atual já representa 67,5% do total auferido no ano passado neste mesmo mês.