Seis meses depois de ter registrado recorde histórico de preço no mercado internacional (US$6.825/tonelada em junho de 2022, segundo a FAO), a carne bovina brasileira volta a registrar resultado negativo. Em relação a janeiro do ano passado, o preço deste mês vem sendo perto de 7% menor; em relação ao recorde de junho a queda não está muito distante dos 30%.
Ainda assim, as exportações caminham bem. E não só as da carne bovina, mas também as da suína e as de frango. Esta, registra, pela média diária, aumento de 28% no volume, de 14% no preço e de quase 47% na receita cambial.
Já a carne suína, com aumento de 7,56% no volume diário, vem obtendo preço 12% superior e, com isso, sua receita é 20% superior à de um ano atrás.
Sob este último aspecto, o desempenho mais fraco fica com a carne bovina – devido à redução no preço. Assim, ainda que seus embarques tenham aumentado mais de 18%, a receita cambial se encontra apena 10% acima da registrada há um ano.
Ressaltando que esses resultados se referem aos 10 primeiros dos 22 dias úteis de janeiro, ou seja, a menos da metade (pouco mais de 45%) do total do mês, constata-se que as três carnes vêm apresentando desempenho superior a esse índice, tanto no volume como na receita.
Os melhores resultados, no caso, vêm da carne de frango, seu volume atual correspondendo a 61% do total exportado há um ano e a receita a, praticamente, 70%. A carne bovina alcança 56% do total de janeiro de 2022 mas, com a queda de preço, a receita representa pouco mais da metade (52%) do auferido no início do ano passado. Já o volume de carne suína corresponde a 51% do total, mas com a valorização do produto sua receita equivale a quase 58% do obtido há um ano.
Embora por pequena diferença, até aqui a receita cambial da carne de frango vem sendo superior à da carne bovina. É algo que não havia ocorrido no decorrer de 2022.