Na terceira semana de julho as carnes mantiveram, na exportação, o mesmo desempenho das semanas mais recentes. Assim, os embarques de carne bovina permaneceram em franca evolução, enquanto os das carnes suína e de frango continuaram em retração.
Neste último caso, os recuos mais significativos continuam sendo os da carne de frango, ainda afetada pela ocorrência de caso de IAAP na avicultura comercial, o que desencadeou uma série de embargos externos, parciais ou totais, ao produto brasileiro. Em decorrência, o volume embarcado vem sendo 12,5% menor que o de um ano atrás e é acompanhado por uma redução de 4,31% no preço, resultados que conduzem a uma retração de mais de 16% na receita cambial.
Curiosamente, a carne suína vem apresentando retração de volume ainda maior, de 15%. Mas compensa essa perda com uma valorização de quase 10% no preço médio. Com isso, embora menor que a de um ano atrás, a receita cambial da carne suína apresenta queda bem inferior à da carne de frango, de apenas 7%.
Já os embarques de carne bovina continuam a todo vapor – a despeito das incógnitas que pairam sobre o setor com a ameaça de taxação dos EUA em 50%. Assim, o volume exportado nos primeiros 14 dias úteis de julho (de um total de 23 dias úteis) foi quase 20% superior ao de um ano atrás, enquanto o preço médio alcançado registra valorização superior a 25%. Como efeito, a receita cambial da carne bovina, pela média diária, vem sendo 50% superior à de julho de 2024.
As (quase) 173 mil toneladas de carne bovina até agora embarcadas correspondem a 72,81% do volume alcançado há um ano e, assim, devem superar de forma significativa as 237,2 mil toneladas de julho de 2024. Já as carnes suína e de frango não devem alcançar o que foi registrado 12 meses atrás, porquanto os volumes até agora embarcados (231.985 toneladas e 61.666 toneladas, respectivamente) representam pouco mais de 50% do total registrado há um ano.