Item destoante nas exportações de carnes dos últimos meses, a carne suína começa a surpreender. Nas duas primeiras semanas de agosto (1 a 13, dez dias úteis) seus embarques diários registraram aumento de quase 31%, índice de incremento bastante superior aos da carne de frango (+20,84%) e da carne bovina (perto de 8% a mais).
É verdade que seu preço continua ligeiramente negativo (US$2.382,93/tonelada, 20 dólares a menos que em agosto do ano passado). Mas o expressivo aumento no volume neutraliza essa pequena queda e, assim, a receita cambial da carne suína, pela média diária já faturada no mês, apresenta aumento de, praticamente, 30%.
Já a carne bovina vem registrando desempenho mais modesto. Seus embarques diários, nestes 10 dias, aumentaram 7,5%. E seu preço médio, que já chegou a apresentar evolução anual superior a 30%, agora apresenta incremento de 10%. Por isso, sua receita, pela média diária, cresce por ora menos de 20%.
O incremento da carne de frango também é menor que o da carne suína: pela média diária, pouco mais de 20% em relação a agosto de 2021. Mas seu preço médio continua apresentando a melhor recuperação: aumento superior a 20%. Daí sua receita média diária alcançar, até aqui, valorização anual de 45%.
Mantidas, no restante do mês, as atuais médias diárias, o volume de carnes de agosto corrente irá aproximar-se das 760 mil toneladas – 58% de carne de frango, 27% de carne bovina e 15% de carne suína. Será um recorde para as três carnes e o maior volume exportado pelo Brasil em todos os tempos.