O fraco desempenho exportador da carne de frango resultante do registro de caso de IAAP na avicultura comercial brasileira está sendo acompanhado agora, ainda a uma certa distância, pela carne suína. Pois enquanto os embarques da carne de frango continuam a apresentar evolução negativa em relação ao mesmo mês do ano anterior, agora a carne de suína também registra ligeiro retrocesso em comparação a julho de 2024, como se as vendas externas dos dois produtos fizessem parte do mesmo pacote.
Transcorridos nove dos 23 dias úteis de julho corrente, os embarques médios diários de carne de frango, próximos das 17 mil toneladas, registram queda anual próxima de 12%. Pois os embarques de carne suína, inferiores a 4.500 toneladas/dia (5.183 toneladas/dia há um ano) registram por ora retração próxima de 13,5%.
Neste caso, sofre menos a carne suína graças ao fato de seu preço médio continuar registrando evolução positiva – aumento de mais de 10% em comparação ao preço de um ano atrás. Mesmo isso, porém, não impede que sua receita apresente ligeira queda – 4,5% a menos que em julho/24.
Mas o desempenho da carne de frango continua sendo bem inferior. Pois, paralelamente à queda no volume, seu preço apresenta regressão de pouco mais de 6%. E disso resulta uma receita que, por ora, vendo sendo 17% menor que a de um ano atrás.
Alheia a esses movimentos, a carne bovina segue em franca expansão. Nesses nove primeiros dias úteis de julho seu volume aumentou mais de 12%, enquanto o preço registra mais que o dobro disso: aumento de 25,56%, do que resulta uma receita cambial perto de 41% superior à de um ano atrás.
Somadas as três carnes, foram exportadas até aqui perto de 295 mil toneladas. Mas enquanto o volume de carne bovina (104,2 mil/t) corresponde a cerca de 44% do volume registrado há um ano (237,2 mil/t), o das carnes de frango e suína (150,3 mil/t e 40,4 mil/t, respectivamente) representam não mais que um terço do registrado em maio de 2024 (435,7 mil/t e 119,2 mil/t, também respectivamente).