Faltando apenas cinco dias úteis para o encerramento de agosto, as carnes vêm apresentando desempenho exportador mais fraco que o de meses anteriores. Isto se aplica não só à carne de frango (afetada pelo auto embargo decorrente de caso único de Newcastle), mas também à carne suína e, ainda que em menor escala, também à carne bovina.
Esta última, por exemplo, continua registrando expansão de volume, mas agora em níveis bem menos expressivos que os de meses anteriores. Já as carnes de frango e suína tendem a fechar agosto com resultados negativos – e não só porque a média diária embarcada tem sido menor que a de um ano atrás, mas também porque agosto corrente tem um dia útil a menos.
Isso, claro, vai se refletir também na receita. Assim, ainda que a carne suína venha obtendo pequeno ganho (cerca de meio por cento) sobre a receita média diária de um ano atrás, no cômputo do mês tende a um resultado negativo, como o da carne de frango. Ou seja: novamente, apenas a carne bovina deve apresentar aumento anual de receita, mas (como ocorre com o volume) em menor nível que o de meses anteriores.
A destacar, de toda forma, a visível recuperação no preço das três carnes. A suína já alcança preço melhor que o de um ano atrás (+2,17% no momento), enquanto a bovina e a de frango, embora com resultados ainda negativos, registram agora níveis de redução significativamente inferiores aos de meses anteriores. Tendem a alcançar a reversão no curtíssimo prazo.
Corroborando o que já foi dito observe-se que, considerado o espaço exportador já transcorrido (cerca de 77% de 22 dias úteis), somente a carne bovina ultrapassa esse índice – no volume e na receita. Opostamente, o mais fraco resultado recai sobre a carne de frango, cujo volume e receita atuais se encontram em cerca de 70% dos valores registrados um ano atrás.