Transcorridos, em termos de exportação, quase 79% do mês (ou seja: 15 dos 19 dias úteis de fevereiro corrente), as carnes bovina e suína já superam o volume total exportado há um ano, neste mesmo mês.
O melhor desempenho vem sendo o da carne bovina, cujos embarques – pela média diária – são mais de um terço superiores aos de um ano atrás.
É verdade que o produto continua com evolução negativa no preço, mas a redução ora observada (-6,48%) é bem menos preocupante que, por exemplo, a de seis meses atrás (redução de cerca de 26,5% em agosto de 2023).
Apesar disso – e graças ao significativo aumento no volume embarcado – a carne bovina obtém, pela média diária, receita cambial quase 12,5% superior, o que faz com que, a esta altura do mês, já acumule valor mais de 6% superior ao de fevereiro de 2023.
Ainda que de maneira mais moderada, a carne suína segue o mesmo roteiro. Seus embarques – sempre pela média diária – vêm sendo 23% superiores. E ainda que seu preço esteja mais de 8% abaixo do obtido há um ano, obtém receita média diária quase 12,5% maior.
Isso, em suma, se traduz em embarques que já são 2,5% maiores que os de fevereiro/23 e em uma receita cambial que, correspondendo a mais de 93% do valor auferido há um ano, tende a ser superada neste final de mês.
O mais fraco desempenho de fevereiro, pois, recai sobre a carne de frango. Cujo volume, comparativamente ao das duas outras carnes, registra fraco aumento, pouco superior a 5%. Mas o que pesa mais é o preço médio, quase 9% menor que o de fevereiro do ano passado. O resultado, neste caso, é uma receita cambial que, pela média diária, apresenta evolução negativa, pois se encontra perto de 4% abaixo da registrada há um ano.
Como fevereiro corrente tem um dia útil a mais que o mesmo mês de 2023, os resultados atuais tendem a ser minimizados, podendo até ser revertidos. Por ora, porém, as exportações de carne de frango já efetivadas correspondem a, respectivamente, 88% e 80% do volume e da receita cambial de fevereiro do ano passado.