Na quarta semana de julho (20 a 26, cinco dias úteis) as exportações de carnes in natura mantiveram o mesmíssimo comportamento das semanas anteriores, ou seja, com avanço contínuo no volume (e no preço) da carne bovina e com perda de volume das carnes suína e de frango. Esses comportamentos, tudo indica, vão ser a marca do sétimo mês de 2025, visto faltarem, para o encerramento do período, apenas quatro dos 23 dias úteis de julho.
A despeito das informações de desaceleração dos envios para os EUA (e que envolvem o produto in natura em menor escala), as exportações da carne bovina seguem num crescendo contínuo (valorização anual em torno de 25%, tanto no volume quanto no preço), o que gera, por ora, receita cambial mais de 50% superior à de julho de 2024. Embora este índice se refira à média diária, deve se repetir no fechamento do mês, porquanto julho corrente tem o mesmo número de dias úteis (23) de um ano atrás.
Após o golpe sofrido com a ocorrência de IAAP na avicultura comercial, as exportações de carne de frango se recuperam. Mas, com a média diária de 17.317 toneladas (8,58% menos que em julho/24), continuam distantes das mais de 20 mil toneladas diárias registradas entre agosto/24 e abril/25, ou seja, antes que fosse registrado o caso de IAAP na avicultura comercial. E como a perda de volume continua acompanhada por uma redução no preço médio (US$1.814,68/tonelada, redução anual de quase 4%), a receita cambial segue 12% menor.
Embora com preço melhor, a carne suína enfrenta parte das adversidades da carne de frango, pois continua registrando redução no volume embarcado, por ora quase 7% menor que o de julho de 2024. Mas compensa essa queda com uma valorização de 9,13% no preço médio, o que, por sua vez, garante pequeno ganho na receita cambial, 1,71% superior à de um ano atrás.
Pelos desempenhos até agora registrados, fica difícil as carnes de frango e suína repetirem o volume registrado há um ano. A carne bovina, por seu turno, já superou (em quase 3%) o volume exportado em julho de 2024.