Na exportação de carnes, março deve ficar marcado como o mês da carne bovina. Porque é a única que, a esta altura do mês, já superou (e de forma significativa) os resultados de um ano atrás. Uma vez que os embarques das carnes suína e de frango vêm apresentando resultados negativos, isto deve permanecer no fechamento do mês, pois, faltando apenas quatro dias úteis para o encerramento de março, dificilmente as marcas atuais serão revertidas.
Pela média diária, nos primeiros 16 dos 20 dias úteis de março, o volume exportado de carne bovina registrou aumento anual superior a 60%, enquanto as outras duas carnes enfrentaram retração entre 6% e 8%.
É verdade que as três carnes continuam operando com preços inferiores aos de um ano atrás – em índices muito próximos entre si, de 4% a 6%. Mas, graças à elevada expansão no volume, apenas a carne bovina tende a registrar aumento também na receita cambial.
Por ora e ainda pela média diária, a receita da carne de frango vem sendo 10,5% inferior à de março de 2023, enquanto a da carne suína sofre queda próxima de 14%. Estas quedas, infelizmente, devem se acentuar no fechamento do mês, que tem três dias úteis a menos que março de 2023.
As quatro semanas já transcorridas correspondem a 80% dos dias úteis de março corrente. Mas, tanto em volume quanto em receita, os resultados acumulados pelas carnes de frango e suína não chegam nem a 65% do que foi registrado há um ano. Enquanto isso, o volume de carne bovina já supera em 12,5% o que foi embarcado há um ano, obtendo com isso receita quase 6% superior à de março de 2023.