Ainda que bastante auspiciosos, os primeiros resultados da SECEX/ME para as exportações de carnes de setembro corrente não devem ser interpretados literalmente, pois apontam – no tocante ao volume já embarcado – índices de expansão que fogem ao convencional. Ou seja: pela média diária, incremento de 73% no volume de carne suína, de 70% no de carne de frango e de, praticamente, 55% no de carne bovina.
O que ocorre, com certeza, é que os totais apontados não foram embarcados apenas nos cinco primeiros dias úteis de setembro, mas se distribuíram, provavelmente, ao longo de oito dias úteis, ou seja, nos dois últimos dias de agosto e, ainda, no feriado de 7 de setembro.
O que não tem contestação e continua sendo motivo de preocupação é o preço médio alcançado pelas três carnes, todos em queda. Sob esse aspecto, a perda maior continua sendo a da carne bovina, cujo valor atual vem sendo um quarto menor que o de um ano atrás. Vem a seguir a carne de frango, com redução de pouco mais de 14%. Com índice de queda bem menor, a carne suína é apreçada no momento por valor 5% menor que o de setembro do ano passado.
Apesar dos pesares, não custa lembrar que os preços alcançados em 2022 foram excepcionais, atingindo recordes históricos. Assim, a despeito dos retrocessos atuais, permanecem acima da média registrada no quadriênio 2018/2021.
Neste caso, o maior avanço em relação à média desses quatro anos vem sendo o da carne de frango, cujos preços atuais são 14% maiores. Já as carnes bovina e suína registram valorização entre 2% e 3%.