Troca de acusações entre pai e filho leva a queda de mais de 10% nas ações do maior processador de carne suína do mundo
O maior processador de carne de porco do mundo, o WH Group, viu as ações caírem 11,6%, no mercado bolsista de Hong Kong, depois de o CEO e acionista maioritário do grupo, Wan Long, de 81 anos, ter sido acusado pelo próprio filho , Wan Hongjian, de irregularidades financeiras, de acordo com o Wall Street Journal.
A discórdia levou a que cada ação do WH caísse de 6,71 dólares (norte-americanos) para 5,93 dólares. Long foi até a semana passada o CEO do WH Group, quando passou as rédeas para o ex-CFO da empresa, Guo Lijun.
Devido a um post do WeChat, uma rede social amplamente utilizada na China, aparentemente da autoria de Hongjian, a indústria da carne colocou Long e Guo debaixo de fogo.
O magnata de 81 anos é acusado pelo próprio filho de fuga aos impostos e fraude fiscal. Já o atual CFO do grupo é acusado de fazer a empresa de carne perder milhões de dólares, “devido à má negociação de moeda estrangeira”.
O WH Group negou todas as acusações e admitiu processar Hongjian. Em junho, o filho de Long foi expulso da empresa “por ter comportamentos agressivos contra o grupo”.
O WH Group afirmou, através de um comunicado citado pelo South China Morning Post, “que não esperava que a saída de Hongjian afetasse o desempenho da empresa”.
Numa entrevista concedida ao mesmo órgão de comunicação social, Hongjian chegou mesmo a admitir que numa discussão, mais animada, com o pai, chegou “a dar um soco numa porta e uma cabeçada numa cristaleira, em plena reunião”, tendo sido imediatamente agredido por um guarda-costas do próprio progenitor.