O levantamento mensal da FAO apontou que, pelo segundo mês consecutivo, os preços da carne suína sofreram redução – um movimento oposto ao das carnes bovina e de frango, que seguem em alta moderada (mas praticamente contínua) desde o ano passado.
Em agosto, frente a um aumento mensal de 1,34% da carne de frango e de 1,65% da carne bovina, a carne suína sofreu redução de 2,07%. Já em comparação a agosto de 2020 as três carnes registraram incremento de preço. Mas, novamente, o menor ganho (+9,57%) recaiu sobre a carne suína, visto que o preço da carne de frango foi corrigido em 29,30% e o da carne bovina em 26,54%.
Cabe, aqui, a ressalva de que a base (agosto de 2020) foi baixa, por conta dos efeitos da pandemia. Assim, comparados os preços mais recentes com aqueles de 24 meses atrás constata-se que a carne bovina aumentou 23,68%, contra apenas 6,16% da carne de frango. Que, mesmo assim, valorizou-se mais que a carne suína, cujo preço se encontra 3,58% abaixo do registrado dois anos atrás.
Justificando o desempenho das três carnes em agosto último, a FAO explica:
Carne bovina: aumento de preço reputado a importações elevadas, principalmente por parte da China, mas também à restrita disponibilidade de animais prontos para o abate na Oceania;
Carne de frango: aumento de preço devido à firme demanda não só do Leste Asiático, mas também do Oriente Médio. Contribuiu ainda para o aumento a limitada expansão da produção em alguns dos principais países exportadores, ocorrência atribuída aos altos custos de produção e, em menor escala, à escassez de mão de obra;
Carne suína: preço seguiu em queda devido ao contínuo declínio das importações chinesas e, também, ao desequilíbrio entre oferta e procura na União Europeia. Ou seja: ao mesmo tempo que aumentou a oferta de suínos prontos para o abate, a demanda interna sofreu forte retração.
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