Os dados da FAO relativos aos preços obtidos pelos principais exportadores mundiais nas vendas externas de carnes mostram que o Brasil – presente no mercado mundial com as três carnes, de frango, suína e bovina – o Brasil obteve bom desempenho no 1º semestre de 2025.
O resultado mais fraco, por razões de todos conhecidas, recaiu sobre a carne de frango, cujo preço externo no semestre aumentou pouco mais de 3%, bem abaixo dos 7,54% de aumento obtidos pelos EUA. Não escapa, no entanto, que o preço médio alcançado pelo Brasil foi mais de 25% superior ao dos EUA, o segundo exportador mundial do produto.
Na carne bovina, em termos de preço, o Brasil ainda perde para EUA e Austrália. Mas no semestre obteve valorização de quase 13% no preço do produto, bem acima dos 2,72% de aumento dos EUA. De toda forma foi uma valorização menor que a obtida pela carne bovina australiana, cujos preços no semestre passado valorizaram-se quase 20%.
Mas o destaque fica para a carne suína, da qual o Brasil é apenas o terceiro exportador mundial. Pois, no semestre, ela valorizou-se quase 11%, enquanto o produto exportado por EUA e União Europeia (UE) sofreu queda de preço – de, respectivamente, 0,76% e 11,42%.
Notar, a propósito, que embora o preço brasileiro seja inferior ao dos EUA, neste ano ultrapassou o da UE (na verdade, da Alemanha, o mais histórico exportador de carne suína). Assim, enquanto no 1º semestre do ano passado o preço médio alcançado pelo Brasil ficou 7% aquém do registrado na UE, neste ano o superou em mais de 16%.