Escore inadequado durante gestação e lactação pode elevar índice de natimortos

Manejo focado nestas fases garante melhor rentabilidade presente e futura, explica Matheus Matos, médico veterinário e assistente técnico da Auster Nutrição Animal


Foto: Reijane Dias

Uma das métricas mais importantes para mensurar a rentabilidade de uma granja de suínos é o número de leitões desmamados por fêmea/ano, explica o médico veterinário Matheus Matos, assistente técnico da Auster Nutrição Animal. Por meio deste indicador é possível observar o desempenho do lote em todos os aspectos: nutrição, saúde e bem-estar. “Para garantir o melhor resultado possível, é preciso adaptar o manejo a cada fase de vida do lote desde a gestação até a terminação”, informa o especialista.

“Em especial, as fases de gestação e lactação demandam mais atenção dos produtores. Isso ocorre porque a condição das fêmeas nessas fases garante também o sucesso dos próximos lotes. Um parâmetro importante para estes períodos é o escore corporal. Quando acima ou abaixo do peso ideal, as fêmeas se tornam predispostas a complicações no parto, aumentando o número de natimortos e fetos mumificados. Já na lactação, o escore da fêmea está associado ao desenvolvimento da leitegada, seu ganho de peso e desenvolvimento imune”, alerta Matheus.

O escore corporal também orienta sobre problemas futuros para a própria fêmea, que poderá chegar à fase de desmame depauperada, o que impactará o início do próximo ciclo. “Um bom manejo de ajuste de escore das fêmeas em fase de gestação faz com que ela chegue à maternidade em perfeitas condições para o processo de parto, além de ter melhor condição de aleitar os leitões, o que contribui para o melhor peso ao desmame. Com isso, há bom retorno de cio, não sofrendo perdas de produtividade na próxima gestação e lactação”, explica médico veterinário e assistente técnico da Auster Nutrição Animal.

O controle deste indicador, segundo o médico veterinário, é fundamental durante todo processo gestacional. Por isso, a atenção aos dados deve ser redobrada já com a chegada das fêmeas aos barracões de gestação. Dessa maneira, a intervenção no manejo, quando os números apontam oscilações preocupantes do escore, pode ocorrer em tempo hábil para redução das complicações.

Entre os principais fatores que impactam o escore corporal neste período estão a ambiência e a nutrição. Por isso, além de observar é importante agir. No caso da ambiência, o profissional da Auster pontua que a temperatura nas instalações deve estar adequada para as fêmeas (entre 18 e 21 graus) e não ultrapassar os 70% de umidade no ar.

O cuidado com a hidratação dos animais também é fundamental. Matheus explica que é importante se atentar ao manejo das fêmeas para estimular o consumo de água, levantando-as periodicamente para que busquem os bebedouros.

Em relação à nutrição, ele salienta a importância de checar o real consumo de ração das fêmeas em gestação. “Devemos checar periodicamente as medidas de fornecimento das rações, pois há alterações das densidades dos ingredientes ou mesmo atualização das formulações que podem alterar a real quantidade de ração fornecida às fêmeas. Devemos também ficar atentos à troca de funcionários na gestação, pois todos os envolvidos no manejo nutricional devem receber às devidas instruções para seguir as tabelas de consumo das fêmeas em gestação conforme o seu estado corporal.

Além da quantidade, a qualidade dos alimentos também precisa ser observada para garantir a ingestão de nutrientes necessários para cada fase gestacional, ressaltando os cuidados no primeiro parto ou em animais que tenham predisposição a problemas na maternidade. De modo adicional a estes cuidados, o produtor também deve se atentar ao consumo da fêmea na fase de lactação. Nesta fase, as fêmeas com escore corporal acima do ideal devem ser desafiadas a amamentar leitegadas vigorosas para conseguirmos uma redução do seu estado corporal.

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