Segundo dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o Brasil já exportou mais de 953 mil toneladas de milho nos primeiros seis dias do mês de julho. Esse valor representa 48% do total exportado no mês de julho de 2021. A alta nas exportações acumuladas de milho em todo o ano de 2022 é justificada pela demanda deixada no mercado pela saída da Ucrânia.
De acordo com Raíssa Rotsen, analista da Tarken, agritech brasileira que oferece um marketplace para trading de grãos, para a safrinha do milho deste ano, a colheita segue avançando em toda a região Centro-Sul do país, com 40,5% de área colhida, segundo levantamento da AgRural. O destaque continua sendo o estado do Mato Grosso, que já colheu 74,41% da área, que é o maior produtor de grãos do país, contribuindo com cerca de metade do volume da segunda safra.
“Em relação às negociações do mercado interno, a semana terminou com inexpressivo fluxo de negócios. Os compradores locais estão focados no recebimento de grãos previamente negociados. Com o avanço da colheita da segunda safra no decorrer do mês, os preços devem sofrer uma pressão, devido à falta de capacidade de armazenamento de parte dos produtores de milho”, explica Raíssa.
Os principais valores cotados para o milho no mercado físico hoje são: R$ 67,28 em Canarana, R$ 70,88 em Nobres, R$ 72,04 em Rondonópolis e R$ 69,67 em União do Sul.