O Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), órgãos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, publicaram as estimativas de safra para as principais culturas paulistas no ano agrícola corrente (2021/2022). Os dados foram obtidos a partir de informações fornecidas pelos técnicos das Casas de Agricultura dos municípios paulistas.
A comparação realizada entre a produção do último levantamento de abril (o segundo, entre cinco realizados a cada ano) e o final de 2020/2021 mostrou que houve aumento de 0,6% na ár ea plantada, 3,5% na produção e 3,1% na produtividade da terra. Os números foram influenciados principalmente pelas culturas anuais, que foram responsáveis por um acréscimo de 2,6% na área plantada, além de 6,7% na produção e 4,0% na produtividade da terra. Apesar de pequena retração na área cultivada (-0,1%), as culturas perenes e semiperenes apresentaram aumento de produtividade (2,6%), o que impulsionou a produção em 2,1%.
Segmentos tradicionais do agro paulista, como o café e a cana para indústria, demonstram, na previsão, ligeira diminuição na área plantada, o que não deve impactar, por outro lado, a produção e a produtividade. A produção do primeiro deve atingir 261,9 mil toneladas na safra atual, representando aumento de 7,8% em relação a 2020/2021, com produtividade média de 1384 kg/ha. “Destaca-se, em expressividade, a expansão da produção da cana-de-açúcar, principal cultura da agropecuária paulista”, menci ona Danton Leonel de Camargo Bini, pesquisador científico do IEA e um dos responsáveis pela pesquisa. O item deve apresentar produtividade 2,7% maior que na safra passada, alcançando 76.181 kg/ha e ultrapassando 416 milhões de toneladas no total.
No que diz respeito à produtividade, os melhores números tendem a ser mostrados pelo milho safrinha, que sai de 3.244 kg/ha para 5.409 kg/ha (crescimento de 66,7%).
Por outro lado, os responsáveis pela pesquisa pontuam que alguns produtos estão com expectativas de safras menores. “Cebola de bulbinho, de muda e plantio direto apresentam perspectivas de quedas na produção de 27,2%, 24% e 17,4%, respectivamente. A safra de inverno do tomate envarado (-38,6%), uva comum para mesa (-30%) e banana (-8,4%) também se destacam pela contração aguardada na safra 2021/2022”, diz Bini. “Há apontamentos de que os custos de produção reajustados principalmente pela inflação nos preços dos insumos, máquinas e implementos levaram a capitalização no campo a assumir nessas culturas uma capacidade de área menor que a do período anterior”, complementa o pesquisador.
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