Desastres climáticos declarados pelo governo podem aumentar a possibilidade de redução nos volumes de abate ou de fechamento de abatedouros de carne suína nos Estados Unidos, mostra estudo do Serviço de Pesquisa Econômica do Departamento de Agricultura dos EUA (ERS/USDA, na sigla em inglês) e da Universidade do Estado de Iowa. A pesquisa, que avaliou quais fatores poderiam influenciar na decisão de processadores em reduzir os volumes de abate, considerou dados de abate de 2020/21 e informações de localização das 40 maiores empresas de carne suína do país, que juntas representavam cerca de 90% do volume do produto inspecionado no país no período.
De acordo com a pesquisa, a probabilidade de redução no volume de abate para uma planta individual aumentou 11 pontos porcentuais quando o governo federal emitiu uma declaração de desastre. Da mesma forma, um frigorífico tinha 13 pontos porcentuais a mais de probabilidade de fechar se houvesse um evento climático severo. Com a fábrica aberta e um desastre em andamento, o abate diminuiria, em média, 4 mil suínos por dia, o que representaria cerca de 40% do abate diário médio das fábricas do estudo. Em nota, o ERS explicou que os desastres climáticos e ambientais podem prejudicar o funcionamento de estradas, acesso de trabalhadores às instalações das empresas e possíveis doenças.
Os pesquisadores também investigaram a interação entre a capacidade da fábrica (em tamanho da planta) e a ocorrência de um desastre. Eles determinaram que, se ocorresse um desastre, as instalações de carne de suíno com maior capacidade de processamento teriam reduções ligeiramente maiores no abate do que as plantas menores. Contudo, as reduções representariam uma porcentagem menor da capacidade total de processamento para plantas maiores.