Estudo inédito publicado na GCB Bioenergy aponta que a produção de etanol de milho no Brasil não aumenta o preço do milho nos mercados doméstico e internacional.
A pesquisa foi desenvolvida pela Agroicone em parceria com os pesquisadores Marcelo Justus (UNICAMP) e Luciano Rodrigues (FGV) e analisou a expansão da produção de etanol de milho no Mato Grosso, que representa 73% da produção nacional.
Os resultados mostram que, apesar do aumento na demanda por milho para a produção de etanol, esse não gerou impacto nos preços domésticos. Os preços no mercado interno são influenciados pelos preços internacionais, mas não o contrário. A melhora na produtividade agrícola, com novas tecnologias e colheita múltipla, contribuiu para essa estabilidade.
O estudo utilizou dados de 2005 a 2023, empregando modelos econométricos para entender a relação entre os preços domésticos e internacionais. Concluiu-se que choques nos preços internacionais impactam os preços domésticos a curto e longo prazo se dissipando após cerca de seis meses.
Os resultados do estudo são um indicativo de que a produção de etanol de milho no Brasil não aumentou o preço internacional do milho e não comprometeu a segurança alimentar, conforme sugerem as relações estáveis de preço identificadas. A diversificação da matriz energética, incluindo o etanol de milho, reforça a sustentabilidade e a segurança energética do país.