Analista de mercado pontua que informações sobre o mercado e a suinocultura chinesa não são transparentes, o que deixa o mercado brasileiro “no escuro”.
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas nesta segunda-feira (19), as exportações de carne suína fresca, congelada ou resfriada nos 12 dias úteis de julho esfriaram em comparação à semana anterior, mas seguem em bom ritmo, segundo especialista.
Conforme explica o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o desempenho das exportações da proteína tem sido muito bom, e a perspectiva é que 2021 se consolide como “espetacular” para os embarques da carne suína.
“Entretanto, precisamos seguir observando o que acontece na China, que é o maior comprador de carne suína. As informações que vêm de lá não são transparentes, e continuamos checando a variação de preços e plantel. A desconfiança é que que eles também não estejam divulgando na íntegra os números de casos de Peste Suína Africana”, disse.
O faturamento por média diária por enquanto foi de US$ 9.856,45025, quantia 18,34% maior do que julho de 2020. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 11,4%.
No caso das toneladas por média diária, foram 3.905,300, houve baixa de 0,47% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se recuo de 12%.
Já o preço pago por tonelada, US$ 2.523,864 neste mês de julho, é 18,9% superior ao praticado em julho passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve alta de 0,6%.
A receita obtida com as exportações de carne suína neste mês, US$ 118.277,403, representa 61,7% do montante obtido em todo julho de 2020, que foi de US$ 191.570,479. No caso do volume embarcado, as 46.863,603 toneladas são 51,9% do total exportado em julho do ano passado, quantia de 90.246,755 toneladas.