Os preços do suíno vivo e da carne reagiram no encerramento de outubro, levando a média mensal a avançar pelo sexto mês consecutivo, impulsionados pelo recorde nas exportações brasileiras e pela alta demanda interna, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, divulgados na última sexta-feira, 8/11. A limitação de animais no peso ideal para abate também colaborou para a valorização.
No mercado externo, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Cepea, revelam que o Brasil exportou 102,1 mil toneladas de carne suína in natura em outubro, com uma média diária de 5,3 mil toneladas. Esse volume representa um aumento de 8,1% em relação a setembro e de 41% em relação a outubro de 2023, estabelecendo um novo recorde de escoamento.
No mercado doméstico, o preço médio do suíno no mercado independente chegou a R$ 9,05/kg na região SP-5 (que inclui cidades como Bragança Paulista, Campinas e Piracicaba), registrando uma alta de 1,2% em comparação com setembro. Em outras regiões, como Patos de Minas (MG) e Braço do Norte (SC), o avanço mensal foi de 0,5% e 3,4%, respectivamente.
Já no mercado da carne, o preço da carcaça especial suína no atacado da Grande São Paulo seguiu a tendência de alta do animal vivo, com valorização de 1%, chegando a R$ 13,18/kg. Entre os cortes, a paleta desossada teve o maior aumento nas regiões paulistas, com um acréscimo de 2,6%, atingindo R$ 14,14/kg em outubro.