Embora em índices bastante moderados, as três carnes registraram valorização de março para abril.
O melhor desempenho, no caso, foi o da carne suína, cujo preço aumentou pelo terceiro mês consecutivo, sendo corrigido em cerca de 2% em relação ao mês anterior. Com isso, a valorização anual superou os 9%, o preço médio do produto chegando aos 113,11 pontos (103,57 pontos em abril/22).
Mas, sob este último aspecto – valorização anual – a carne suína foi caso único. Pois a carne de frango, por exemplo, que em abril registrou ganho mensal de 1,16%, em termos anuais acumulou desvalorização em torno de 4%, seu preço médio recuando de 188,44 pontos (abril/22) para 113,58 pontos.
Pior, porém, vem sendo o desempenho da carne bovina. Pois ainda que em abril, após nove consecutivos meses de queda, tenha registrado alta mensal de 1%, em termos anuais acumula baixa de 16%, isto significando que os 137,22 pontos alcançados em abril do ano passado (segundo maior preço da história) sofreram retração para 114,96 pontos.
Ainda que seus preços sejam absolutamente diferentes entre si, as três carnes têm um ponto em comum: pelos parâmetros da FAO, fecharam abril de 2023 registrando, praticamente, o mesmo número de pontos, ou seja, variação de apenas 1,6% entre a menor e a maior pontuação (113,11 pontos da carne suína; 114,96 pontos da carne bovina). Isto significa que, a despeito das significativas altas e baixas experimentadas nos últimos anos, as três carnes voltam a apresentar a mesma paridade de preços registrada no triênio 2014/2016, valorizando-se desde então em não mais que 13%-15%.
Ainda assim, cabe perguntar: qual foi a valorização real? A própria FAO se incumbe de responder, indicando que as carnes valorizaram-se não mais do que 10% em relação ao período-base. Já os cereais (aqui inclusas as principais matérias-primas da produção animal) experimentaram valorização de quase 31%.