O Índice FAO de preços dos alimentos apontou que a carne bovina, após ter atingido pico histórico de preços em junho passado, segue em desvalorização contínua. Em novembro passado retrocedeu à marca dos 118,32 pontos, quase o mesmo valor registrado em junho de 2021. Ou seja, além de recuar 3,30% em relação ao mês anterior e 8,28% em relação a novembro do ano passado, registrou o menor valor dos últimos 18 meses. Mas na média dos 11 primeiros meses de 2022 acumula incremento de 11%.
O preço da carne suína manteve-se em estabilidade em relação ao mês anterior, apresentando ligeiro incremento de preço (+0,18%). Porém, comparativamente a novembro de 2021 obteve valorização de, praticamente, 20%. Mantém, no momento, uma das melhores cotações dos últimos três anos e, na média dos 11 primeiros meses de 2022, alcança valor pouco mais de 7% superior ao de idêntico período do ano passado.
Embora modesto, o melhor desempenho do mês foi o da carne de frango, com ganho mensal de 0,69% e anual de 16,60%. É, por sinal, a que – em valores relativos – vem obtendo a melhor valorização. Pois, comparativamente ao período-base da FAO (2014/16), alcançou em novembro 127,39 pontos, contra os já citados 118,32 pontos da carne bovina e 106,23 pontos da carne suína.
Explicando os movimentos de mercado observados de outubro para novembro, a FAO aponta que um aumento na oferta por parte da Austrália somou-se a já elevada oferta do Brasil, daí a queda de preço da carne bovina. Por sua vez, a ligeira recuperação da carne suína decorre do aumento da demanda visando ao abastecimento do período de Festas, mas reflete, também, variações cambiais. Por fim, o aumento obtido pela carne de frango resulta de uma oferta mais restrita, efeito, sobretudo, da queda de produção em países exportadores afetados pela Influenza Aviária.