Mantendo relativa estabilidade no segundo semestre, em outubro o Índice FAO de Preços das Carnes recuou à marca dos 120,4 pontos, apresentando queda (que o próprio órgão considera “marginal”) de 0,26% em relação ao valor (revisado) de setembro. Em comparação a outubro de 2023 as carnes acumulam alta de 7%.
A estabilidade mensal teve como agente apenas a carne bovina, pois tanto a carne de frango como a suína registraram queda de preço. A da carne de frango (segunda consecutiva, após três meses de alta), resultou do aumento de oferta por parte dos países exportadores – justifica a FAO. Já a queda da carne suína, mais aguda, redundou do aumento dos abates na Europa Ocidental e de uma fraca demanda, tanto local como externa.
Conforme a FAO, em novembro corrente o Índice de Preços das Carnes foi revisado, buscando refletir com maior precisão o andamento do comércio internacional. A revisão incluiu ajustes históricos para alguns preços específicos, aqui inclusos os preços da carne de frango exportada pela Brasil, agora correspondentes aos valores divulgados pelo governo brasileiro através do Comex Stat.
Em decorrência dessa revisão, os preços FAO para a carne de frango de meses anteriores a outubro sofreram aumento em relação aos valores originalmente divulgados. Assim, por exemplo, o índice de agosto subiu de menos de 115 pontos para quase 128 pontos.
Isto, porém, não altera significativamente a média de preços do ano, pois o valor médio dos 10 primeiros meses de 2024 para a carne de frango se encontra apenas 0,15% acima do registrado em idêntico período do ano passado, enquanto para a carne suína esse valor ainda é 1,5% negativo. Quer dizer: só escapa a carne bovina, cujo preço médio, neste ano, vem sendo perto de 6% superior aos dos mesmos 10 meses de 2023.