Ao registrar aumento mensal de 1,6% em abril, o Índice FAO de Preços das Carnes (116,35 pontos) teve como contribuinte principal a carne de frango, cujo preço registrou incremento de 2,72%, índice superior ao da carne bovina, que aumentou 2.33%. Teria sido mais não fosse o preço da carne suína ter declinado 0,18%.
Em termos anuais, o preço das carnes em abril foi menos de meio por cento inferior ao de um ano antes – uma das menores diferenças dos últimos 16 meses e sinalização de reversão (isto é, de resultados anuais novamente positivos) no curto prazo.
Tal desempenho vem sendo devido, principalmente, à carne bovina. Que depois de iniciar 2024 com os menores preços em quase três anos, passou a registrar altas que, além de contínuas, têm registrado índices de aumento significativos. Assim, os 124,65 pontos alcançados em abril representam incremento de mais de 9% em relação a janeiro/24.
Não é o que ocorre por ora com a carne de frango, cujos 114,07 pontos de abril ainda se encontram 1,60% abaixo do preço obtido no mesmo mês de 2023. De toda forma, também a carne de frango registra avanços expressivos nos últimos meses, acumulando agora expansão de, praticamente, 9% sobre o valor alcançado em janeiro passado.
Tais passos só não foram acompanhados, no mês, pela carne suína, que permaneceu em quase estabilidade em relação ao mês anterior, com retrocesso de preço de 0,18%. Mesmo assim, a carne suína teve avanços em relação ao “fundo de poço” de janeiro, com ganho acumulado de 4%.
O aumento mais moderado da carne suína – explica a FAO – decorre não só da fraca demanda interna da Europa Ocidental, mas também da (persistente) demanda inferior por parte dos principais importadores, especialmente da China.
A carne bovina, por seu turno, poderia ter suas altas neutralizadas pelo aumento da produção interna nos principais países importadores. Porém – explica a FAO – a demanda internacional permanece elevada, favorecendo a recuperação de preços.
A carne de frango, por fim, vêm tendo seus preços sustentados pela demanda contínua de países do Oriente Médio – afirma a FAO, acrescentando que o processo se firma no contexto dos contínuos desafios à produção decorrentes dos surtos de Influenza Aviária.