Menos de dois anos após o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, o Rio Grande do Sul teve a exportação de carne suína com osso aprovada pelo Chile. Trata-se da primeira aprovação de novo mercado, após a certificação por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA, antiga OIE).
Técnicos do país sul-americano estiveram no Brasil no começo de dezembro passado, visitaram propriedades e conheceram o trabalho desenvolvido pelo Serviço Veterinário Oficial, bem como as atividades do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS, Fundesa. As exportações de carne com osso, mesmo a suína, não eram permitidas ao país em função da aplicação da vacina contra a febre aftosa. Com a suspensão da imunização do rebanho, o reconhecimento internacional e o compromisso de execução de todas as medidas de prevenção, o Ministério da Agricultura do Chile publicou, no Diário Oficial chileno, a nova condição para frigoríficos gaúchos.
Para o presidente do Fundo, o reconhecimento chileno é um passo muito importante. “Daqui para a frente os mercados vão ter essa referência do reconhecimento do Rio grande do Sul. É um processo gradativo”, afirma Rogério Kerber. Segundo ele, agora depende da atuação das empresas a parte comercial. Para Kerber, mais novidades devem surgir ainda este ano, já que em janeiro o estado recebeu uma missão da República Dominicana e em março está prevista uma visita de representantes das Filipinas.