Comitê científico da OIE avaliará pleito esta semana.
Essa semana o Comitê Científico da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) avalia o pleito do Rio Grande do Sul para reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação. “Trata-se de mais um passo para o estado, que poderá refletir diretamente na abertura de novos mercados e também no trabalho realizado pelos auditores fiscais federais agropecuários”, afirma a delegada Sindical do Anffa no RS, Soraya Elias Marredo. Depois da análise e aprovação do comitê, restará apenas a certificação na Reunião Geral da OIE, marcada para maio próximo.
Com a expectativa de conquistar novos compradores, como Japão e China para carne com osso, e outros tantos países que remuneram bem as proteínas animais e que hoje não compram do RS, o trabalho dos auditores agropecuários toma novas dimensões. “Serão necessários reforços tanto na inspeção nas plantas frigoríficas exportadoras, quanto no aumento da vigilância em portos, aeroportos e fronteiras”, confirma Soraya. Ela diz ainda que uma maior robustez na vigilância agropecuária será ainda mais exigida com a retirada da vacina.
Esse acréscimo de demanda, esperado pelo mercado e pelos próprios servidores e governo, traz a preocupação com a crescente redução, nos últimos dois anos, no número de auditores ativos. “A ministra Tereza Cristina já foi informada sobre a necessidade de novos concursos. Muitos colegas estão se aposentando e os que permanecem estão sobrecarregados. Ainda que novos auditores tenham sido chamados em 2020, o número não cobre a real carência nas atividades-fim de fiscalização agropecuária”, pontua Soraya.