Auditores fiscais federais agropecuários afirmaram que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, manifestou apoio à demanda por reestruturação da carreira e garantiu que vai participar das negociações com demais órgãos do Poder Executivo. Fávaro e os fiscais se reuniram nesta quarta-feira (21/2), em Brasília.
Um participante do encontro disse à reportagem que a categoria já sabia do apoio, mas queria um “envolvimento direto” do ministro nas negociações trabalhistas. Ele deve participar da próxima reunião dos servidores com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), no dia 29 de fevereiro. Há a possibilidade, inclusive, de o encontro se realizar no Ministério da Agricultura.
A estratégia dos fiscais agropecuários é semelhante à usada pelos servidores da Receita Federal e da Polícia Federal em suas reivindicações de melhores salários. As reuniões decisivas tiveram a presença dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Justiça, à época, Flávio Dino.
Fávaro também informou os participantes da reunião que já abordou o assunto com a ministra da Gestão, Esther Dweck, e com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
“Disparidade”
Na conversa com Fávaro, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) mostrou a “disparidade” na proposta do MGI à categoria em relação a outros órgãos do serviço público federal. Apresentou também uma minuta de contraproposta, que, segundo um dos participantes da reunião, recebeu apoio integral do ministro da Agricultura.
Ainda de acordo com o participante do encontro, Fávaro disse que entende as razões do movimento. No entanto, pediu aos auditores para não “radicalizarem” a mobilização iniciada em 22 de janeiro para pressionar o governo. O receio é que ações mais intensas prejudiquem o setor privado.
Nesta quarta-feira, auditores realizaram uma ação para inspecionar procedimentos de higiene nos 414 frigoríficos incluídos no Sistema de Inspeção Federal (SIF). Não houve, até o momento, relatos de não-conformidades mais graves nem de grandes atrasos no abate de animais nos estabelecimentos