Considerados os resultados econômicos que vêm sendo pintados desde o primeiro dia da 2ª quinzena de maio (16, quando foi anunciado o 1º foco de IAAP na avicultura comercial brasileira), o frango vivo, sem dúvida, está surpreendendo. Perdeu preço, é verdade. Mas muito menos que o boi em pé, cujo preço médio, neste mês, alcança o menor nível do ano.
Os dados preliminares sugerem que o preço do frango vivo em maio deve retroceder em torno de 1% em relação a abril. Isto, porém, devido ao desempenho da primeira metade do mês, período em que, mesmo com o mercado calmo, as cotações registradas permaneceram estáveis em relação ao mês anterior. Já na 2ª quinzena, em menos duas semanas, os valores máximos registrados recuaram quase 7%, retrocedendo de forma praticamente diária, a uma média superior a 1% ao dia.
Sob esse último aspecto, pois, o desempenho do boi em pé foi ligeiramente melhor, pois seu preço no mês retrocedeu menos de 5% em relação a abril passado. Mesmo assim, termina maio registrando cotações que correspondem a um dos menores valores alcançados em 2025.
Aceita a afirmação de que maio não foi um bom mês para a produção animal brasileira, é permitido concluir que o suíno teve um desempenho excepcional, visto registrar cotação quase 2% superior à do mês anterior.
De toda forma, os fracos desempenhos mudam de figura quando a base de comparação é o mesmo mês do ano passado. E, aqui, a maior valorização anual (quase 43% de aumento) é registrada pelo boi. O frango vem a seguir com, praticamente, 30% de valorização, enquanto a do suíno, menor, fica próxima (mas aquém) dos 25%. Lembrar, porém, que maio de 2024 foi mês de parcos resultados para os três animais.
Claro, o fraco desempenho de um ano atrás se traduz, agora, em incrementos à primeira vista elevados. E o de maior visibilidade, no caso, é o do boi, que mesmo enfrentando retração significativa nos preços, fecha os cinco primeiros meses de 2025 obtendo valorização próxima de 35% em relação ao mesmo período do ano passado. Na sequência vem o suíno, com 27% de valorização, enquanto os ganhos do frango neste ano ficam próximos, mas ainda abaixo, dos 15%.