Em novembro, os maiores acumulados de chuvas foram observados no Amazonas, Pará, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e no Matopiba. Em algumas regiões, foram registrados eventos de geada e de temporais isolados acompanhados de granizo, o que prejudicou as lavouras de milho e soja. O volume de chuvas foi definido pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que é o sistema meteorológico responsável por um período prolongado de chuva frequente e volumosa sobre parte das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
Esta análise faz parte do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado nesta quinta-feira (24/11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo analisou o período de 1 a 21 deste mês.
Ainda segundo o boletim, as chuvas contribuíram para a elevação da umidade no solo, favorecendo a implantação e o desenvolvimento dos cultivos de verão da safra 2022/2023. Na região Sul, as precipitações ocorreram em menor volume e beneficiaram a maturação e a colheita dos cultivos de inverno. No entanto, devido à irregularidade das chuvas, foi observada uma restrição hídrica para a semeadura e o desenvolvimento de lavouras de milho e soja em algumas áreas.
Apesar do atraso na colheita do trigo e das oscilações no Índice de Vegetação, ocasionadas por excesso de chuvas na época da semeadura e início da colheita, o monitoramento espectral dos cultivos de inverno indica normalidade na condição das lavouras, que se encontram majoritariamente em maturação e colheita. O comportamento espectral dos cultivos de verão também tem se apresentado favorável, apesar do atraso na semeadura, o que demonstra boas expectativas nesta nova safra.
O BMA é resultado da colaboração entre a Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que contribuem com dados pesquisados em campo. Confira aqui a mais recente edição do Boletim.