A habilitação do frigorífico Dom Porquito, no Acre, para exportar carne suína ao Peru fortalece a suinocultura do Norte do País ante os principais Estados exportadores, presentes no Sul e Sudeste. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes. “É uma boa notícia e abre novos caminhos à suinocultura brasileira. A expectativa é de que venham mais (aberturas de mercado de) países da América do Sul”, afirma.
A informação de que o Brasil poderia exportar a carne suína ao Peru foi divulgada na quarta-feira, 4, pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Segundo a entidade, o País deverá atuar “de forma complementar à produção local”. A projeção da ABPA é de que os embarques tenham início ainda no primeiro semestre deste ano.
Para Lopes da ABCS, apesar de “boa notícia”, o mercado peruano representa “pouco, perto do que o Brasil exporta ao mês”. “Mas tem um viés interessante. Mais frigoríficos devem ser habilitados também (para exportar ao Peru)”, diz. Segundo o presidente da ABCS, o frigorífico habilitado tem capacidade de abate de 300 animais por dia. “Com o Peru, mas principalmente México e Canadá (mercados abertos em 2022), o Brasil poderá bater recorde de exportação em 2023”, projeta. Ele ressalta que esse cenário será possível “caso não haja problemas políticos”, sem especificar quais.