Com a confirmação, ABPA reforça que Brasil precisa redobrar cuidados para evitar entrada da doença no território nacional
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmou ontem (21/9) um caso de peste suína africana no Haiti, o primeiro desde 1984. O país faz divisa com a República Dominicana, que, em julho, também registrou um caso da doença.
Após a nova confirmação, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) reforçou o alerta para a prevenção contra a entrada do vírus em território nacional. Em nota, a entidade lembrou que Haiti e República Dominicana estão localizados em uma ilha, o que reduz o risco de contaminação por via terrestre, mas que, ainda assim, o Brasil precisa redobrar sua atenção para evitar a doença.
Desde que a República Dominicana confirmou um caso da peste suína africana, os setores público e privado do Brasil iniciaram uma campanha de conscientização para evitar que o vírus chegue ao país e cause prejuízos gigantescos à suinocultura local. O Grupo Especial de Prevenção à Peste Suína Africana (Gepesa) da ABPA está ajudando o Ministério da Agricultura a intensificar a defesa sanitária.
“O Ministério da Agricultura adiantou-se à pauta e intensificou a inspeção nos principais portos de entrada do país, impedindo a entrada de produtos cárneos. O Mapa estabeleceu uma legislação ainda mais restritiva à entrada desses produtos, assinou um convênio interpaíses (…) para a prevenção à PSA e lançou uma campanha nacional que ampliou a conscientização, em um esforço que contou com a ABPA, os auditores fiscais e outras entidades do setor”, diz Sulivan Alves, diretora técnica da entidade.
Entre 2018 e 2019, a peste suína africana dizimou a população de porcos na China – o país perdeu mais de 40% de seus suínos. Até a confirmação do caso na República Dominicana, o continente americano ficou sem registrar a doença por cerca de 40 anos.
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