Em maio de 2022, os preços da indústria subiram 1,83% frente a abril. O acumulado no ano atingiu 9,06% e o acumulado em 12 meses chegou a 19,15%. Em maio, das 24 atividades analisadas, 21 tiveram alta de preços.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).
Alimentos – Pelo quarto mês consecutivo, a variação é positiva, sendo, no entanto, a menor delas. Em maio, os preços variaram 0,32%, depois de ter variado 0,67%, em fevereiro, 2,76%, em março, e 2,21%, em abril. No acumulado no ano, a variação de maio alcançou 5,85%, 2,80 p.p. abaixo do que havia sido em maio de 2021. O destaque dado ao setor está no fato de ter sido a terceira maior influência no acumulado no ano, 1,39 p.p., em 9,06%, e a segunda no acumulado em 12 meses, 3,70 p.p., em 19,15%. Vale dizer que alimentos é o setor com o maior peso atual no cálculo do indicador geral (23,04%).
Dos seis grupos abertos no setor alimentício, quatro apresentaram variação negativa de preços na passagem de abril para maio; são eles: “abate e fabricação de produtos de carne” (-0,03%), “fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais” (-1,63%), “moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais” (-0,43%) e “torrefação e moagem de café” (-0,24%).
Os dois primeiros grupos carregam um peso grande no setor (como se viu o primeiro e o terceiro produtos de maior peso são justamente desses grupos, assim como é também o segundo, “carnes e miudezas de aves congeladas”, que não está destacada na perspectiva mensal). Apesar dessa pressão, o resultado de maio foi positivo (0,32%), em resposta ao aumento observado tanto em “laticínio” (2,74%) e “fabricação e refino de açúcar” (1,50%).