Relativamente estável nos últimos três meses, mas ainda em queda, o Índice FAO de Preço dos Alimentos (FFPI, na sigla em inglês) do mês de outubro passado retrocedeu ao nível dos 135,9 pontos (praticamente o mesmo registrado em novembro de 2021 e em janeiro de 2022), resultado que significou queda de 0,06% sobre o mês anterior e aumento de 1,99% sobre outubro de 2021.
Comparativamente ao recorde de preços registrado apenas 7 meses antes (quase 160 pontos em março de 2022), o índice mais recente retrocedeu perto de 15%. Porém, na média dos 10 primeiros meses do ano ainda é 17,5% superior ao de idêntico período de 2021. Culpa, principalmente, dos cereais, laticínios e óleos vegetais que permanecem com aumento superior a 20%. No mesmo período as carnes aumentaram 12%.
A ressaltar que, na queda de 0,06% em relação ao mês de setembro, só não houve a participação dos cereais que, ao contrário dos demais alimentos acompanhados pela FAO, apresentaram aumento próximo de 3%. E, entre eles, a entidade da ONU destaca os grãos forrageiros, cujo aumento superou 3,5%, índice puxado pelo milho devido à perspectiva de queda de produção nos EUA e na UE, péssimas condições de plantio (seca) na Argentina e incerteza sobre as exportações da Ucrânia.
As carnes, por sua vez, tiveram o preço médio reduzido em quase 1,5%. Neste caso, nenhuma carne – ovina, suína, bovina ou de frango – escapou da baixa. Porque, em oposição ao aumento da oferta, a demanda global tornou-se, de forma generalizada, moderada.