Conforme a FAO, ao alcançar 121,46 pontos em setembro, seu Índice de Preços dos Alimentos (FFPI, na sigla em inglês) permaneceu nos mesmos níveis registrados em agosto, mês em que foi registrada a marca de 121,63 pontos (diferença, a mais, de apenas 0,17 pontos percentuais).
Porém, comparativamente aos valores registrados um ano atrás prevaleceu redução de praticamente 11%, índice que sobe para quase 25% ao tomar-se como parâmetro março de 2022, mês em que o FFPI atingiu recorde histórico (159,71 pontos).
Não se conclua, porém, que a estabilidade esteve presente nos cinco grupos de alimentos acompanhados pela FAO. Três deles – carnes, laticínios e gorduras vegetais – registraram queda de preço, desempenho que foi neutralizado por altas dos cereais e, sobretudo, do açúcar.
Referindo-se ao aumento dos cereais, a FAO destaca, em especial, o milho, cujos preços no mercado internacional aumentaram 7%. E explica que a alta foi impulsionada por uma forte demanda pelo suprimento do Brasil, por vendas mais lentas dos produtores argentinos e por um aumento no frete das barcaças dos EUA, devido aos baixos níveis do Rio Mississipi.
Já o recuo mensal de 1% no preço das carnes é efeito de uma alta disponibilidade combinada com uma baixa demanda, situação aplicável, especificamente, às carnes de frango e suína. Pois a carne bovina, que vinha num processo de baixas há alguns meses, reverteu a situação e obteve breve recuperação de preços, desempenho que a FAO atribui a uma forte procura pela carne magra, especialmente da parte dos EUA.