Com 23% das lavouras de soja no Rio Grande do Sul na fase de enchimento de grãos, as chuvas, localizadas e desuniformes, associadas a elevadas temperaturas, trazem consequências negativas para o balanço hídrico da cultura e criam disparidades nas condições das lavouras.
Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS, divulgado na quinta-feira (8), regiões como o Noroeste enfrentam sinais de estresse hídrico devido à falta de chuva, o que pode prejudicar a produtividade.
As plantas estão apresentando sintomas de murchamento, com queimaduras nas folhas devido à exposição ao sol.
Em algumas áreas mais afetadas pela falta de água, observa-se o início do processo de queda das folhas mais baixas, que estão amareladas e senescentes.
Entretanto, nas áreas que receberam chuvas em volumes mais significativos ou intermediários, a situação das lavouras de soja é satisfatória, com as plantas emitindo brotações, com estatura em conformidade com a fase fenológica em que se encontram, o que sugere resultados produtivos alinhados às projeções estabelecidas inicialmente.
Quanto ao controle fitossanitário, o foco principal está na prevenção da ferrugem.
As chuvas intensas no início do ciclo da cultura favoreceram o desenvolvimento da doença, mas mesmo com a baixa umidade nas últimas semanas, o monitoramento e aplicação do protocolo de controle preventivo continuam sendo realizados.
A estimativa é de que a área de soja no estado some 6,74 milhões de hectares, com perspectiva de produtividade de 3,3 mil quilos por hectare.