A identificação de Peste Suína Africana (PSA) na China em 2018 deixou o mundo em alerta, pois a doença é altamente contagiosa e não tem cura, nem tratamento. A China é o maior produtor e consumidor de suínos do mundo, mas o surto da doença dizimou 60% do plantel do país. Somente em 2021, foram 11 surtos que foram oficialmente reportados e com novas variantes do vírus presentes. A doença também atingiu países da Europa e, nos últimos dias, a Alemanha.
O Brasil é referência na produção de suínos e beneficiou-se o aumento da exportação devido a situação mundial, ampliando os embarques para a China. A PSA será o tema abordado no 13º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS). O engenheiro agrônomo e mestre em Nutrição Animal Leandro Hackenhaar palestrará sobre “Peste Suína Africana: o que mudou até o momento. Uma atualização da situação mundial”, no dia 11 de agosto, às 14h40, no Painel Biosseguridade.
Hackenhaar foi diretor do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA), pesquisador do Centro de Pesquisa Avançada em Economia Agrícola (CEPEA-ESALQ/USP) e trabalhou para as empresas de nutrição animal e aditivos DSM, Tortuga, Ajinomoto, Evonik e Agroceres-Multimix. Atualmente, é Líder Global de Tecnologia e atua no setor de marketing estratégico e tecnologia da Cargill Animal Nutrition.
O presidente da Comissão Científica do SBSS, Paulo Bennemann, frisa que o Brasil adota diversas medidas para evitar que a doença entre no País e que esse assunto é relevante para toda a cadeia produtiva. “A Peste Suína Africana é causada por um vírus composto por DNA fita dupla, pertencente à família Asfarviridae. A doença não acomete o homem, mas tem grande impacto em suínos e pode causar grandes prejuízos econômicos. A PSA é uma doença de notificação obrigatória aos órgãos oficiais nacionais e internacionais de controle de saúde animal. Pela sua relevância e pela situação atual no mercado mundial, o SBSS traz essa palestra com uma atualização sobre o tema”, ressalta.
SOBRE O 13º SBSS
A 13ª edição do Simpósio Brasil Sul de Suinocultura é promovida pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) e está programada para o período de 10 a 12 de agosto. Paralelamente ocorrerá a 12ª Brasil Sul Pig Fair virtual. Os dois eventos serão realizados totalmente on-line, com geração e transmissão a partir de Chapecó.
A edição deste ano terá cinco blocos que abordarão tendências de futuro, biosseguridade, uso prudente de antimicrobianos, nutrição e sanidade, com 11 palestras, que serão transmitidas em alta definição, com tradução simultânea do português para o espanhol. As palestras ficarão disponíveis para acesso após o evento durante 30 dias.
Além da programação científica, haverá um pré-evento no dia 9 de agosto e eventos paralelos de empresas parceiras nos dias do Simpósio. Os inscritos somente para a Pig Fair virtual também poderão acessar esses eventos.
INSCRIÇÕES
A venda do segundo lote das inscrições segue até o dia 4 de agosto, com os seguintes valores: R$ 440 para profissionais; R$ 340 para estudantes; R$ 200 para associados do Nucleovet; R$ 330 para agroindústrias e órgãos públicos, com pacotes a partir de dez inscrições; e R$ 300 para universidades, também com possibilidade de pacotes. O terceiro lote será comercializado a partir do dia 5 de agosto e durante o evento. Os pacotes podem ser parcelados em até três vezes.
As inscrições podem ser feitas no site https://nucleovet.com.br/.
O 13º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Embrapa, da Prefeitura de Chapecó, da Unochapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).