Olhando para a CBOT e dólar, B3 também registrou perdas.
Ontem, a segunda-feira (16) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3) e na Bolsa de Chicago (CBOT).
No cenário internacional, a perspectiva positiva para o clima nos Estados Unidos foi o fator primordial para as fortes quedas do primeiro pregão da semana.
O destaque é o retorno das chuvas para áreas que estavam necessitando, como o Leste do Cinturão dos Estados Unidos, que deve continuar registrando precipitações. Além disso, são esperadas temperaturas mais elevadas, o que pode acelerar o desenvolvimento inicial das lavouras, que vinham sinalizando lentidão na emergência das plantas devido à nebulosidade e às temperaturas amenas.
“Um clima mais favorável continua reforçando a expectativa de uma grande safra de milho nos EUA”, destaca a análise da Agrinvest.
No cenário brasileiro, as quedas de Chicago foram um dos fatores de baixa, que se aliaram com dólar renovando suas mínimas do ano no câmbio brasileiro.
Os analistas da Agrinvest destacaram que as vendas de milho na exportação precisam começar a acelerar para que o Brasil comercialize boa parte da sua safra antes dos EUA começarem a ficar mais competitivos, considerando a projeção de uma grande safra americana entrando nos próximos meses.
De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados hoje, nos 10 primeiros dias de junho, o país embarcou apenas 7,8% do total de milho exportado em junho de 2024, registrando média diária de embarques 84,2% menor que a registrada no mesmo mês do ano anterior.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os preços do milho seguem em queda.
“As boas condições climáticas durante o desenvolvimento da segunda safra no Brasil reforçam as expectativas de produção volumosa na temporada 2024/25 e, consequentemente, a pressão sobre as cotações. Na última semana, a Conab apontou reajustes positivos nas estimativas de colheita. A produção brasileira é projetada em 128,25 milhões de toneladas, 1,37 milhão de toneladas acima da estimativa de maio. Para a segunda safra, o volume deve atingir 101 milhões de toneladas, ante as 99,8 milhões de toneladas divulgadas em maio, 12% superior ao da temporada anterior e, ainda, a segunda maior produção da série histórica da Conab”, relatam os pesquisadores do Cepea.
Na CBOT, o vencimento julho/25 foi cotado a US$ 4,34 com desvalorização de 2,19%, o setembro/25 valeu US$ 4,19 com perda de 8,75 pontos, o dezembro/25 foi negociado por US$ 4,35 com baixa de 8 pontos e o março/26 teve valor de US$ 4,50 com perda de 7,50 pontos.
Esses índices representaram perdas de 2,19% para o julho/25, de 2,04% para o setembro/25, de 1,81% para o dezembro/25 e de 1,64% para o março/26.