Em São Paulo, recuo fez com que o preço do animal vivo ficar abaixo da casa dos R$ 6,00 o quilo vivo.
As negociações no mercado de suinocultura independente nesta semana resultaram em mais quedas nos preços, ou falta de consenso entre produtores e frigoríficos. Lideranças explicam que frigoríficos alegam dificuldade na venda das carcaças como motivação para pressão baixista nos preços.
Em São Paulo, depois de oito semanas sem acordo entre produtores e frigoríficos, fechou em acordo de R$ 5,87/kg/vivo. Na semana anterior, os suinocultores solicitaram o preço de R$ 6,93/kg vivo, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
A negociação desta quinta-feira (18) em Minas Gerais resultou em estabilidade de preço. De acordo com o consultor de mercado da Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais, Alvimar Jalles, o preço do animal vivo chegou ao piso de R$ 6,50/kg vivo na semana passada, e esta semana não houve acordo com os frirgoríficos.
“Optamos então por manter como preço sugerido o valor de R$ 6,50/kg vivo. Os frigoríficos alegam que há muita concorrência de preço com a carne suína que vem do sul do Brasil, mas acreditamos que assim que se chega a um piso, a tendência do mercado é melhorar”, disse.
Em Santa Catarina os preços também baixaram nesta quinta. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, explica que agora a divulgação dos preços é dividida entre as vendas feitas em contrato e as realizadas em mercado aberto.
Na semana anterior, o valor médio era de R$ 7,14/kg vivo, e agora, para as vendas em contrato o preço foi de R$ 7,03/kg vivo, e no mercado aberto, R$ 6,01/kg vivo.
Considerando a média semanal (entre os dias 11/03/2021 a 17/03/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 3,93%, fechando a semana em R$ 6,57.
“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,31.”, informou o relatório do Lapesui.
No Rio Grande do Sul, que negocia às sextas-feiras, entre os dias 5 e 12 de março o preço do animal vivo no mercado independente baixou de R$ 7,04/kg vivo para R$ 6,80/kg vivo. Conforme explica o presidented a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, o problema está no mercado interno que não consegue fazer a mercadoria girar. “Se as exportações não estivessem indo bem, o cenário seria ainda pior”, afirma.