Ontem, a quarta-feira (23) chegou ao final com os preços internacionais do milho futuro registrando poucas movimentações na Bolsa de Chicago (CBOT), mas, ainda assim, operando no campo levemente negativo.
De acordo com a análise da Agrinvest, os contratos do cereal recuaram pressionados pelo trigo, que caiu neste pregão diante do mercado focado na fraca demanda global e na expectativa de safra recorde.
Além disso, as condições climáticas que seguem sendo positivas para o desenvolvimento das lavouras de milho nos Estados Unidos ainda trazem cenário baixista para os futuros da CBOT.
O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 3,98 com queda de 0,75 ponto, o dezembro/25 valeu US$ 4,17 com baixa de 0,50 ponto, o março/26 foi negociado por US$ 4,34 com perda de 1 ponto e o maio/26 teve valor de US$ 4,45 com desvalorização de 1,25 ponto.
Esses índices representaram baixas, em relação ao fechamento da última terça-feira (22), de 0,19% para o setembro/25, de 0,12% para o dezembro/25, de 0,23% para o março/26 e de 0,28% para o maio/26.
Mercado brasileiro
Na Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho também tiveram um pregão de poucas variações e terminaram mais uma vez com as principais cotações operando em campo misto.
Segundo os analistas da Agrinvest, houve pressão negativa vinda das quedas de posições em Chicago. Por outro lado, o atraso da colheita segue trazendo suporte para parte das cotações.
“A colheita da safrinha no Brasil atingiu 55,5%, avanço semanal de 13,8 pontos percentuais, mas ainda está abaixo de 2024 (79,6%) e da média dos últimos cinco anos (60,6%)”, destaca a consultoria.
A análise da Grão Direito aponta que com o avanço dos trabalhos pelo Brasil, espera-se que a pressão sobre os preços do milho no Brasil aumente nos próximos dias.
“A colheita da segunda safra avança rápido no Mato Grosso, que já colheu mais de 77% da área, com uma produtividade muito boa, mesmo com o atraso em relação ao ano passado. Esse volume maior chegando agora ao mercado aumenta a pressão sobre os preços. Além disso, o custo de frete está alto por conta dos gargalos logísticos, o que acaba derrubando os prêmios pagos no interior”, apontam os analistas.
O vencimento setembro/25 foi cotado a R$ 65,12 com queda de 0,28%, o novembro/25 valeu R$ 68,20 com perda de 0,01%, o janeiro/26 foi negociado por R$ 72,00 com baixa de 0,14% e o março/26 teve valor de R$ 74,90 com estabilidade.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também permaneceu praticamente inalterado neste meio de semana. O levantamento realizado identificou desvalorização apenas em Sorriso/MT.