B3 se movimenta pouco diante de colheita e negócios lentos.
Ontem, a segunda-feira (4) chegou ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
Segundo a análise da Agrinvest, o clima continua favorável para as lavouras americanas, com trégua nas chuvas e temperaturas elevadas no Meio-Oeste. Esse cenário segue contribuindo para o bom desenvolvimento da safra, especialmente do milho.
“É provável que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revise os níveis de produtividade do milho 2025/26 para cima em seu próximo relatório WASDE (oferta / demanda). Com isso, o mercado segue projetando uma safra recorde, próxima das 400 milhões de toneladas”, destacam os analistas da consultoria.
O vencimento setembro/25 foi cotado a US$ 3,87 com queda de 2,50 pontos, o dezembro/25 valeu US$ 4,07 com desvalorização de 3,75 pontos, o março/26 foi negociado por US$ 4,24 com baixa de 3,50 pontos e o maio/26 teve valor de US$ 4,35 com perda de 3,25 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (1), de 0,64% para o setembro/25, de 0,91% para o dezembro/25, de 0,82% para o março/26 e de 0,74% para o maio/26.
Mercado brasileiro
Para os preços futuros do milho, a segunda-feira foi de movimentações restritas e próximas da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3).
Os analistas da Agrinvest destacaram que a colheita no Mato Grosso está perto do fim e já passa de dois terços no Brasil, mas os embarques seguem lentos no país.
“As nomeações até cresceram nos últimos dias, mas os embarques não acompanharam, mantendo pressão sobre exportadores. Os preços seguem firmes no interior, especialmente nos corredores de exportação”, apontam.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que após um leve movimento de reação, as cotações domésticas do milho voltaram a cair na última semana.
“A pressão veio sobretudo da ausência de consumidores, que aguardam maiores desvalorizações com os avanços da colheita de segunda safra. Além disso, as exportações estão menores em relação ao ano passado e ainda muito distantes do estimado pela Conab”, dizem os pesquisadores do Cepea.