Em maio, o Índice de Preços da Carne da FAO alcançou novo recorde histórico: registrou média de 122 pontos, com aumento de 0,48% sobre abril e de 13,60% sobre maio de 2021. O incremento acumulado em 2022 ficou próximo de 10%.
Quem contribuiu para o novo recorde foi, exclusivamente, a carne de frango, cujo preço médio – 122,77 pontos – registrou aumento mensal de cerca de 5,5% e anual de 25,36%. Um desempenho – conforme a FAO – que reflete interrupções no abastecimento por parte da Ucrânia, casos recentes de Influenza Aviária e aumento da demanda na Europa e no Oriente Médio.
Com 138,55 pontos, a carne bovina – que em abril havia alcançado novo recorde histórico (138,61 pontos) – permaneceu com os preços estáveis, ocorrência devida (explica a FAO) ao aumento da oferta por parte do Brasil e da Oceania, o que permitiu atender adequadamente a demanda – “global e persistentemente elevada”. De toda forma, ocorreu pequeno retrocesso mensal em maio (queda de 0,05% em relação ao mês anterior), mantendo-se, em termos anuais, evolução anual superior a 20%
Já a carne suína sofreu novas quedas – em termos mensais e anuais. Com as altas vindas desde fevereiro, havia atingido, em abril, os 101,99 pontos, o que significa que foi negociada por valor 1,99% superior ao alcançado no triênio 2014/2016. Mas foi só, pois em maio recuou para 99,59%, resultado que representa reduções de 2,35% e 2,14% sobre, respectivamente, os preços registrados em abril de 2022 e em maio de 2021.
Neste caso a FAO observa que a queda registrada é devida não só à maior disponibilidade de carne suína para exportação, especialmente na Europa Ocidental, mas também à fraca demanda pelo produto e, ainda, às expectativas de liberação, pela União Europeia, de estoques privados de carne suína, mantidos pela UE como forma de regular o mercado.